quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Logo vi

Logo vi. Só podia ser você.
Logo vi, tinha que ser você!
Pra quem eu olhei, quem eu amei?
Só podia ser você, você!
Quem me faz sorrir, quem me faz amar?
Tinha que ser você!
Para abraçar, beijar e dançar.
Só com você, só com você!
Logo vi que seria assim, desde o momento
em que percebi teu olhar, teu cheiro
Teu ar inteiro; só podia ser você.
Você em mim, eu em você.
Eu logo vi que seria assim!
Logo se vê que amo você!

Paixão

Cai na real e confessa.
Foi você, eu sei que foi. Chegou de mansinho, sem nada dizer.
Foi se instalando, se aprochegando e se apoderando de todo o espaço. 
De repente, tudo mudou. As transformações ocorreram, os horizontes 
se modificaram, nem somos mais os mesmos. Parece que nada será como 
antes e, talvez, fique tudo igual. Ou seja, confuso. Confusão foi uma das 
coisas que trouxeste.  Não precisa se esquivar, não precisa confessar. 
Nem tente se defender. De nada vai adiantar apoair-se em devaneios, 
alusões e ilusões.
Eu sei que foi você.
Derrubou o mundo, levantou ideais. Quebrou muros e cancelas. 
Construiu argumentos. Fez brotar lágrimas e multiplicou sorrisos. 
Os pés rodopiaram, os quadris balançaram. Os braços festejaram e 
a cabeça, hum... A cabeça saltitou inebriadamente perdida. Pois, trouxeste,
 também, a perdição.
Ah, esse mundo que, agora, se apresenta! Tão sem nexo que até faz 
sentido. Tão cheio e solitário. Tão cantante de silêncio. Tão tudo e tão nada.
Esse mundo que, agora, se apresenta traz consigo novidades perturbadoras. 
Quando a fortaleza se ajoelha, alegremente, frente ao desconhecido, faz 
desmoronar toda a vontade mais arraigada de juízo.
Juízo pra quê se você existe, se você chegou e trouxe a vida, o calor, 
o sabor, a magia?
Juízo pra quê se gosto de você, Paixão?



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